Ex-presidente confessou ter repassado US$ 1,4 bi em propinas a políticos através da Odebrecht
Braskem - Agência Brasil/EBC
Outubro, 2021. O Tribunal Federal do Distrito do Brooklyn, em Nova York, decidiu pela condenação de José Carlos Grubisich a 1 ano e 8 meses de prisão. O motivo: a confissão do desvio de pelo menos US$ 1,4 bilhão de petroquímica ligada à Petrobras, prática criminosa que prejudicou milhares de acionistas da estatal brasileira nos Estados Unidos.
Quase dois anos mais tarde, com a Operação Lava Jato já desmantelada pelo judiciário brasileiro, a Braskem voltou às manchetes com uma notícia impactante: o suposto interesse da Adnoc - estatal de petróleo dos Emirados Árabes - na aquisição da empresa por R$ 10,5 bilhões junto à empreiteira Odebrecht, que possuí 38% de sua cota de ações.
A transação, entretanto, não envolveria somente a companhia, hoje rebatizada como Novonor. Para dar o sinal verde para sua aquisição, a Adnoc precisa incondicionalmente da assinatura do governo Brasileiro, que possui uma fatia de 36% das ações da Brasken.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, chegou a adiantar que as negociações seriam concluídas em 2024. “Estamos indicando um caminho rumo à verticalização para retomar investimentos no setor petroquímico“, afirmou o dirigente.
Presidente da Braskem admitiu ter pago propina à Odebrecht
Em abril de 2022, meses antes da justiça norte-americana condenar José Carlos Grubisich por corrupção, o presidente da Braskem já havia admitido ao Ministério Público Federal ter pago U$$ 250 milhões em propina para a Odebrecht, repassado para agentes políticos.
Após a confissão do hoje ex-dirigente, as autoridades norte-americanas iniciaram uma caça ao dinheiro desviado pela companhia petroquímica em diversos países, incluindo Angola, Argentina, Colômbia, Rep. Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela.
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