Zema anuncia medidas para socorrer produtores de leite em Minas Gerais
- Núcleo de Notícias
- 20 de mar. de 2024
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Governador Romeu Zema (Novo) editou medida que retira benefício fiscal de quem importar leite de Argentina e Uruguai

O governo de Minas Gerais deu um passo significativo para a recuperação da produção e venda de leite nacional. Durante o “Minas Grita pelo Leite” - evento organizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), no Expominas, em Belo Horizonte - o governador Romeu Zema anunciou medidas protetivas para evitar o avanço do leite em pó subsidiado de Argentina e Uruguai no mercado mineiro.
“Estou aqui no Expominas com 7 mil micro e pequenos produtores rurais, que vieram aqui protestar - e com todo fundamento - contra a chegada de leite subsidiado do Uruguai e da Argentina. Leite que está tirando a forma de eles sobreviverem e de ter uma vida digna. Muitos já desistiram e venderam o seu rebanho”, afirmou Zema.
“Mas fiz uma medida: todo laticínio que importar leite, deixarão de ter os benefícios do regime especial tributário”, acrescentou o governador, explicando que as empresas que comprarem o produto importado deverão pagar 18% de ICMS.
Segundo balanço da Faemg, os mineiros importaram o equivalente a US$ 62,6 milhões em leite em pó em 2023. No primeiro bimestre, as compras do exterior já chegaram a US$ 12,7 milhões - ou 20,3% do total do ano passado.
“Nós estamos vendo produtores desistindo”, ressaltou Zema. “Vendem as vacas produtoras, porque quanto mais produzem, mais têm perdido. Então, essa medida é uma forma de mantermos essa tradição de Minas. O produtor de leite e de queijo tem sido muito prejudicado com essa concorrência”, reiterou.
Vice-governador alerta para a destruição da indústria mineira
O vice-governador do estado, Professor Mateus Simões (Novo), ratificou a importância da iniciativa para que os mineiros “não fiquem reféns do leite importado”.
“Não estamos falando em subir o preço do leite. É justamente o contrário. Estamos protegendo o mineiro. Porque se o leite importado tomar o lugar do leite mineiro, no futuro seremos refém desse leite. Esse leite é subsidiado. Ou seja, o governo da Argentina e o governo do Uruguai estão pagando para entrar aqui e destruir a nossa indústria”, alertou.
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