Zelensky sinaliza apoio a plano de Trump e abre possibilidade de diálogo com Putin
- Núcleo de Notícias
- 14 de fev.
- 2 min de leitura
Presidente ucraniano admite negociações para encerrar o conflito, enquanto europeus tentam entender nova estratégia dos EUA

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que está disposto a considerar a proposta de paz apresentada por Donald Trump e indicou que pode negociar diretamente com a Rússia. A mudança de postura ocorre enquanto diplomatas americanos e europeus se preparam para reuniões que podem redefinir os rumos da guerra, agora em seu terceiro ano.
Zelensky, que se encontrou com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, durante a Conferência de Segurança de Munique, destacou que qualquer diálogo com Moscou só acontecerá após alinhamento com os aliados ocidentais. “Estamos prontos para negociações com os EUA e aliados – e, depois de concordarmos com uma posição, conversaremos com os russos”, afirmou o líder ucraniano.
A proposta de Trump para encerrar o conflito rapidamente tem gerado incerteza entre os aliados europeus, que temem serem deixados de fora do processo de negociação. O presidente americano quer impor um acordo imediato, mas há dúvidas sobre quais concessões poderiam ser exigidas de Kiev.
Em um esforço para garantir o apoio de Washington, a equipe de Zelensky apresentou um plano para oferecer acesso a minerais estratégicos da Ucrânia em troca de garantias de segurança. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, esteve em Kiev nesta semana para discutir um acordo econômico que viabilize essa parceria.
Enquanto isso, o Kremlin observa atentamente os movimentos dos EUA. O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que Moscou espera esclarecimentos sobre as declarações de Vance, que indicou que o envio de tropas americanas para a Ucrânia "ainda está sobre a mesa" caso a Rússia não demonstre boa-fé nas negociações.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reforçou que o governo Trump não considera realista a recuperação de todos os territórios ocupados pela Rússia desde 2014, mas destacou que os parâmetros do acordo ainda estão sendo definidos. “Parte das negociações incluirá nosso presidente, Zelensky, Putin – e, provavelmente, a Europa estará envolvida”, afirmou.
Comentarios