Xi Jinping tenta mais uma vez salvar o setor imobiliário chinês

Pacote de estímulo ao setor imobiliário foi anunciado pelo governo de Xi Jinping nessa sexta-feira (17)

China vai retomar incentivos à construção de residências populares

Após amargar a falência da maior empreiteira do país em 2023, quando o China Evergrande Group registrou uma dívida em torno de US$ 300 bilhões - o governo Chinês retomou a série de incentivos fiscais para estimular o setor imobiliário do país.

Na sexta-feira (17), a gestão de Xi Jinping decidiu reduzir os valores mínimos de entrada para a compra de habitações por pessoas físicas, além de eliminar o valor mínimo da taxa de juros para empréstimos hipotecários na aquisição de imóveis.

Segundo informações divulgadas pelo Banco Popular da China e Banco Central, os juros aplicados a empréstimos de até 5 anos deverão ser reduzidos em 0,25%, passando a 2,35%. Por sua vez, a taxa usada para empréstimos acima dos 5 anos foi cortada em 0,25%, atingindo os 2,85%.

O vice-governador do Banco Popular da China, Tao Ling, explicou que a entidade contará com uma reserva de R$ 213 bilhões para impulsionar os negócios, que podem chegar à marca de R$ 355 bilhões com o pacote de estímulos. 

“A fim de promover a construção de um novo modelo de desenvolvimento imobiliário, serão adicionados mais 500 bilhões de yuans (R$ 213 bi) em cotas de empréstimos hipotecários suplementares”, declarou Tao Ling.

Já o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, clamou para que as agências governamentais se movimentem para construir mais casas populares.

“Devem ser feitos esforços para enfrentar os riscos relativos a projetos de habitação comercial inacabados, garantir a entrega de projetos de habitação e impulsionar a redução das habitações comerciais disponíveis.