Vladmir Putin tem planos para lucrar com guerra entre Israel e Hamas
- Núcleo de Notícias
- 26 de out. de 2023
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Expectativa de Rússia e China são por uma oportunidade de distrair e desacreditar os EUA

Crédito da imagem: AFP
Na semana passada a Rússia decidiu manifestar-se com relação aos ataques do dia 7 de outubro realizados pelo Hamas contra Israel, com 9 dias de atraso após o terrível episódio. No entanto, a diplomacia russa não ousou acusar o grupo terrorista de... terrorismo.
No dia 16 de outubro, Vladmir Putin decidiu conversar com o primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu, mas, também conversou com os líderes do Egito, do Irã, da Síria e com a autoridade Palestina. Apesar de expressar suas condolências pela população israelense assassinada Putin não denunciou os ataques do Hamas, e ainda pediu um cessar-fogo, além culpar os EUA pela crise.
Além de evidenciar o distanciamento entre Rússia e Israel, as declarações apontam ainda para o fato de que o Kremlin enxerga no conflito entre Israel e Hamas como uma ótima oportunidade de distração para o Ocidente, o que também serve para minar seus adversários do leste do globo. Tal esforço será apreciado pela China que na mesma semana recebeu o presidente russo para a primeira cimeira do Cinturão e Rota, promovida por Xi Jinping, e isso, enquanto Joe Biden visitava Israel em gesto de apoio ao país perante os atentados sofridos.
Perante as relações de trocas bélicas nem sempre oficiais entre a Rússia, a Síria e principalmente o Irã, seria extremamente vantajoso para Moscou que o conflito no oriente expandisse para outros países da região, além de que os esforços de ajuda financeira e de armamento fornecidos pelos EUA à Ucrânia já tem se tornado escassos, passando agora a ter mais uma divisão de atenções perante o apoio a Israel. Aliado a estes fatores, é possível também compreender que uma expansão do conflito no Oriente Médio traria outra vantagem à Rússia, a imediata elevação nos preços do petróleo e do gás, ajudando Putin a continuar financiando sua disputa com a Ucrânia por mais tempo, dentre outros fatores.
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