Apesar da escassez, Lula recebeu duas doses do imunizante na rede privada. Informação foi confirmada pelo governo
Apesar da escassez de vacinas disponíveis via Ministério da Saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi imunizado contra a dengue na rede privada - e antes de a população receber as primeiras doses via SUS (Sistema Único de Saúde).
Até a segunda semana de junho já foram registrados 6 milhões de casos da doença, com 4 mil mortes confirmadas e mais de 2,5 suspeitas sob investigação.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), a primeira dose foi aplicada em Lula em 5 de fevereiro, e a segunda - que também ocorreu sem divulgação para a imprensa - foi tomada em 6 de maio.
Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mas sem a assessoria do executivo revelar a marca do imunizante e o local onde foi aplicada.
Governo falou sobre falta de vacinas 24 horas após Lula receber a 1ª dose
Em 6 de fevereiro deste ano - ou seja, somente um dia após Lula receber a primeira dose da vacina contra a dengue em uma clínica particular - a Agência Brasil publicou uma matéria em seu site, apontando sobre a preocupação sobre a falta do produto em meio ao avanço da doença entre pré-adolescentes e idosos.
“A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) manifestou nessa terça-feira (6) preocupação diante da possível falta da vacina na sua rede “especialmente em relação às faixas etárias não cobertas pelo setor público”. No SUS, o público-alvo é a população entre 10 e 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos”, escreveu a Agência Brasil.
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