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Viktor Orbán responsabiliza Biden por escalada no conflito na Ucrânia

Premiê húngaro critica políticas americanas e destaca papel decisivo de Washington na guerra



O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, apontou diretamente para os Estados Unidos, sob a liderança de Joe Biden, como o principal fator desencadeador da guerra na Ucrânia. Em entrevista à emissora estatal Kossuth Radio, Orban afirmou que, sem a intervenção americana, o conflito não teria ocorrido e criticou duramente o apoio maciço de Washington a Kiev.


"Sem os EUA, essa guerra não existiria"


Segundo Orban, os EUA desempenharam um papel crucial na escalada das tensões que culminaram no conflito de 2022. “Sem a América, esta guerra nunca teria acontecido. A Ucrânia não teria sido capaz de resistir sem o apoio americano”, declarou o premiê, conforme relatado pelo jornal Magyar Nemzet.


Até setembro de 2024, Washington já havia alocado cerca de US$ 183 bilhões em ajuda à Ucrânia, sendo US$ 130,1 bilhões comprometidos e US$ 86,7 bilhões efetivamente desembolsados. Essa assistência inclui armamentos sofisticados, sistemas de defesa aérea e apoio logístico, além de recentes anúncios de pacotes adicionais de auxílio militar.


Políticas de Biden: "insustentáveis" e "escalatórias"


Orban acusou Biden de promover uma escalada no conflito, contrastando com a abordagem “pró-paz” atribuída ao presidente eleito Donald Trump. A recente pressão do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, para que Kiev reduza a idade mínima de conscrição militar para 18 anos foi considerada por Orban como “terrível” e uma evidência de que mais vidas ucranianas serão sacrificadas em nome de uma política americana insensível.


O premiê húngaro pediu mudanças imediatas nas políticas americanas, classificando-as como “insustentáveis”. Ele destacou que o prolongamento do conflito não apenas agrava a situação humanitária, mas também aumenta o risco de uma escalada que poderia envolver outras nações.


Esperanças em Trump e críticas à abordagem ocidental


Com a posse de Donald Trump prevista para janeiro de 2025, Orban expressou otimismo sobre o potencial do novo governo americano para alcançar a paz. Trump prometeu resolver o conflito em 24 horas após sua posse, utilizando a ajuda militar como ferramenta de negociação.


Enquanto isso, Moscou demonstrou ceticismo em relação às intenções americanas. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, afirmou que o Ocidente, particularmente os EUA, subestima a determinação da Rússia em defender seus interesses nacionais de segurança.


O impacto global de uma guerra prolongada


O discurso de Orban ressalta a crescente divisão dentro do Ocidente sobre a abordagem ao conflito ucraniano. Enquanto alguns países, como a Hungria, pedem negociações urgentes e críticas às políticas americanas, outros continuam a aumentar o suporte militar a Kiev, mesmo diante do aumento dos custos humanos e financeiros.


A insistência de Biden em intensificar o conflito não apenas ameaça a estabilidade da Ucrânia, mas também amplia as tensões globais, colocando em risco a paz internacional. A responsabilidade pela continuidade da guerra recai sobre os ombros de quem insiste em políticas que priorizam a guerra em detrimento da diplomacia.

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