Vice-presidente dos EUA afirma que Ucrânia não vencerá guerra e alerta para risco de escalada nuclear
- Núcleo de Notícias
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J.D. Vance critica apoio contínuo ao conflito e afirma que prolongamento da guerra apenas aumenta mortes e ameaça a estabilidade global

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, afirmou na segunda-feira (28) que a Ucrânia não está em posição de vencer o conflito contra a Rússia e alertou que insistir nessa ideia é ignorar a realidade geopolítica. Durante uma entrevista ao comentarista conservador Charlie Kirk, Vance — veterano da Marinha norte-americana — declarou que a narrativa de que o prolongamento da guerra levaria à derrocada russa é “irreal” e perigosa.
“A ideia de que, se isso continuar por mais alguns anos, os russos vão colapsar e a Ucrânia vai retomar seus territórios é uma fantasia alimentada pela grande mídia. Isso não condiz com o mundo real”, afirmou Vance. “Se essa guerra continuar, milhões de pessoas ainda podem morrer, e o risco de uma escalada para um conflito nuclear é real. Isso precisa acabar.”
O vice-presidente, que há anos critica o direcionamento de recursos dos EUA para o conflito ucraniano, reforçou que o apoio irrestrito a Kiev enfraquece prioridades domésticas e empurra os Estados Unidos para um confronto desnecessário com Moscou. Segundo ele, os esforços de negociação estão em andamento, ainda que marcados por frustrações de ambos os lados. “Há momentos em que você se frustra com os ucranianos, outros com os russos. Mas é aí que entra o presidente Trump, que não nos deixa desistir”, declarou.
As declarações de Vance surgem em meio a um gesto do presidente russo, Vladimir Putin, que anunciou um cessar-fogo de três dias a partir de 8 de maio. A resposta do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, foi acusar a Rússia de manipulação e exigir uma trégua de 30 dias.
Moscou, por sua vez, acusa Kiev de violar dois recentes acordos de cessar-fogo — um de 30 dias, mediado pelos EUA, e outro de 30 horas durante a Páscoa. O Kremlin alega que uma trégua abrangente só será possível se a Ucrânia interromper sua mobilização militar e o Ocidente cessar o envio de armamentos a Kiev.
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