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Venezuela x Guiana: Como fica o Brasil em mais um conflito internacional?

Enquanto o Exército reforça a tríplice fronteira, Lula pede bom senso e Maduro “esfrega as mãos”



Lula e o companheiro Maduro: mais um deslize diplomático à vista - Agência Brasil/EBC


Com o autoritarismo de Nicolás Maduro marchando a passos largos, o Exército Brasileiro já começou a reforçar sua presença em Roraima, estado da Região Norte mais próximo das fronteiras com Guiana e Venezuela.


Após o resultado do “referendo popular” - que deu carta branca ao governo totalitário de Maduro para anexar parte da Guiana ao país - o ministro da Defesa, José Múcio autorizou o deslocamento de mais 60 homens para a cidade de Pacaraima para reforçar a segurança e barrar eventuais manobras militares estrangeiras em solo nacional. Com a chegada dos soldados brasileiros, o efetivo do Exército na tríplice fronteira deve chegar a 130 homens.


O que Lula falou sobre a investida venezuelana na Guiana


Ao ser questionado sobre o “referendo popular” que autorizou a Venezuela a anexar a região de Essequibo aos seus domínios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repetiu posições ambíguas sobre Ucrânia e Israel. 


Horas antes da confirmação da vitória do colega Nicolás Maduro, Lula antecipou o resultado do referendo e pediu “bom senso” das duas partes - inclusive a da vítima da história - o governo da Guiana.


"O referendo vai dar o que o Maduro quer (risos). Mas o que a América do Sul não está precisando agora é de confusão. Não se pode ficar pensando em briga. Espero que o bom senso prevaleça, do lado da Venezuela e da Guiana", comentou Lula.


Maduro: “Agora vamos fazer justiça”


Mais do que o interesse em ampliar seu território, é de conhecimento geral - inclusive do presidente brasileiro - que Nicolás Maduro está de olhos bem abertos no potencial da Guiana em explorar petróleo e gás na disputada região de Essequibo. Ao contrário de Lula, o ditador venezuelano não parece preocupado em aplicar nenhuma dose de bom senso em seus próximos passos. Baseado no tom otimista de seu discurso, Maduro não deverá medir esforços para ocupar Essequibo.


“A decisão que vocês tomaram dá um impulso vital poderosíssimo Agora, sim, vamos recuperar os direitos da Venezuela históricos na Guiana Essequiba, agora sim vamos fazer justiça, agora sim vamos reivindicar com a força de todos”, declarou Maduro após o resultado esperado das urnas.


A decisão de articular o referendo - e anexar parte da Guiana à Venezuela - também tem sido especulada como uma manobra e Maduro e justificar o cancelamento das próximas eleições presidenciais, marcadas para outubro de 2024.


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