Venezuela invade águas da Guiana e aumenta tensão na disputa por Essequibo

Incidente gera reação internacional e alerta dos EUA sobre possíveis consequências para Maduro

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, denunciou neste sábado (1) que um navio da guarda costeira da Venezuela realizou uma incursão em águas guianenses, aproximando-se de uma embarcação de produção de petróleo operada pela ExxonMobil. O episódio ocorre em meio à disputa territorial sobre Essequibo, uma área de 160.000 km² reivindicada por Caracas e que atualmente está sob análise no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ).

Segundo Ali, o navio venezuelano chegou perto de ativos estratégicos, incluindo a unidade flutuante de produção FPSO Prosperity. Diante da violação, o governo guianense convocou o embaixador venezuelano para prestar esclarecimentos e planeja apresentar uma queixa formal à Venezuela. Além disso, a Guiana reportará o incidente ao TIJ e acionará parceiros internacionais, como a CARICOM, para buscar apoio contra as investidas de Caracas.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a incursão venezuelana, classificando-a como uma violação do território marítimo da Guiana, reconhecido internacionalmente. Os Estados Unidos também se manifestaram sobre o episódio, alertando que novas provocações poderão acarretar consequências para o regime de Nicolás Maduro.

O governo guianense mobilizou recursos aéreos não especificados para reforçar sua soberania na região, em um momento em que a tensão entre os dois países segue em alta.