Proposta petista é de retomar o imposto, que seria 3,5 vezes maior do que o cobrado antes de 2017
O governo Lula tem fome de arrecadação e o trabalhador brasileiro poderá não ter opção a não ser ceder mais uma fração de seus ganhos mensais, caso a nova proposta endossada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, seja aprovada pelo Congresso.
A novidade no campo da taxação é a previsão do retorno do imposto sindical, extinto na gestão do presidente interino Michel Temer (MDB) em 2017. Por sugestão da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de outras entidades sindicalistas, a contribuição obrigatória voltaria com poder ainda maior: cerca de 3 vezes e meia a mais do que era cobrado do brasileiro na era petista.
Em maio, o ministro Luiz Marinho já alertava para a possibilidade de retorno do imposto. Ele comentou sobre “fortalecer os sindicatos”, após os anos de Temer e Bolsonaro.
“Não é aumentar o poder financeiro, é retomar. Os sindicatos foram praticamente destruídos nas eras Temer e Bolsonaro. Foram muito perseguidos”, comentou o petista.
A expectativa governista é de levar a matéria para votação na Câmara dos Deputados até o final de setembro. Se aprovada, ela deve morder 1% do que um funcionário ganha durante um ano de esforço. Em 2017, o imposto sindical correspondia a somente um dia de trabalho.
Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística (Dieese), desde que o imposto foi extinto há 6 anos, o orçamento sindical caiu de R$ 3,6 bilhões para apenas R$ 68 milhões em 2023.
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