Verba de R$ 4,7 bi liberada por Senado deve cobrir rombo de dois ministérios de Lula
Na última quarta-feira (29), o Congresso aprovou dez projetos de lei que devem gerar R$ 4,7 bilhões em créditos especiais e suplementares ao já comprometido Orçamento da União. Embora os recursos tenham como destino os ministérios da Saúde e Desenvolvimento Regional, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) questionou a real aplicação da verba em meio ao maior desastre da história do Rio Grande do Sul.
“São quase R$ 3 bilhões (para 2 ministérios)”, apontou Van Hattem. “Esse dinheiro, na verdade, não é para irrigar hospitais e postos de saúde, mas para as campanhas eleitorais de deputados e senadores, que se utilizam de emendas de orçamento secreto, um butim do dinheiro público. São emendas parlamentares para um balcão de negócios, enquanto meu estado está sob a água”, acusou.
Já o senador Marcelo Castro (MDB-PI) disse que as críticas do parlamentar são “infundadas”, negando que os recursos serão usados para apoio político.
“O projeto faz modificações nas emendas de comissão. Pega recursos de praticamente todas as comissões e concentra nas comissões de Saúde da Câmara e de Assuntos Sociais do Senado. Há um consenso geral de que a área prioritária neste momento da gestão pública é a saúde”, rebateu.
Enquanto o senador governista discute com os números, o choque da realidade já atingiu há tempos a pasta da saúde. Detentor de uma grande parte do orçamento da União, o ministério comandado por Nísia Trindade quebrou mais um recorde na semana passada: o de 3 mil óbitos por dengue registrados em 2024.
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