Corte no terceiro trimestre chega a 40%
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A Vale pagou US$ 1,764 bilhão aos acionistas no terceiro trimestre de 2023. Apesar do montante chamar atenção, ele representa um total com defasagem de 40%, mediante os US$ 3,1 bilhões pagos em proventos no mesmo período do ano anterior.
O corte na distribuição de dividendos não é uma novidade, e parece tornar-se uma tendência nos últimos meses. Recentemente, a rival anglo-australiana da Vale, a gigante da mineração BHP, que esteve na primeira colocação global em pagamento de dividendos nos últimos dois anos, também realizou cortes significativos, caindo para a quarta posição entre o terceiro trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023.
Junto às mineradoras, a Petrobras também aderiu aos cortes, realizando a maior redução mundial de proventos, pelo segundo trimestre consecutivo. O corte aos acionistas chegou a US$ 9,6 bilhões.
As informações foram divulgadas pela mais recente edição do Índice Global de Dividendos da Janus Henderson, que avaliou os resultados do último trimestre. Mediante os cortes drásticos das duas blue chips, a pesquisa apontou que entre as empresas brasileiras o índice despencou em 67,1%, o que findou por ofuscar qualquer resultado positivo do setor financeiro.
Ainda na avaliação da Janus Henderson ainda que o ciclo das commodities seja volátil, a dinâmica de pagamento de dividendos por parte das empresas brasileiras merece uma análise mais aprofundada, tendo em vista a resiliência e complexidade apresentadas, pois sinaliza um otimismo cauteloso a respeito da capacidade de recuperação.
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