União Europeia se prepara para responder às tarifas dos EUA
- Núcleo de Notícias
- 1 de abr.
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Bloco europeu busca negociação, mas garante ter um "plano sólido" para retaliação comercial

A União Europeia tem um "plano sólido" para reagir às tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Apesar de expressar preferência por uma solução negociada, ela deixou claro que o bloco está preparado para proteger seus interesses caso necessário.
As tarifas impostas pela administração de Donald Trump incluem sobretaxas sobre aço e alumínio, aplicadas desde março, e novos tributos sobre automóveis, que entrarão em vigor na quinta-feira. Além disso, o governo americano planeja anunciar, nesta quarta-feira, um novo pacote de "tarifas recíprocas", o que pode ampliar as tensões comerciais entre os dois lados do Atlântico.
Ursula Von der Leyen reconheceu que os EUA alegam estar corrigindo distorções no comércio global, algo que, segundo ela, também afetou a Europa. No entanto, a líder europeia criticou as tarifas americanas, argumentando que elas não apenas elevarão os custos para os consumidores, mas também prejudicarão a indústria dos EUA, aumentando a inflação e os custos de produção.
"Nós buscamos uma solução negociada. Mas, se for necessário, tomaremos medidas para proteger nossa economia, nossos trabalhadores e nossas empresas", afirmou Ursula von der Leyen em discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
Ela destacou que a União Europeia pretende diversificar seu comércio e eliminar barreiras dentro do próprio bloco, ressaltando que os entraves internos no mercado europeu equivalem, segundo o FMI, a tarifas de 45% para a indústria e 110% para serviços. Para enfrentar esse problema, a Comissão Europeia planeja apresentar propostas no próximo mês para reduzir esses obstáculos e evitar novas restrições.
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