Financiamento para a Ucrânia e imigração são os maiores desafios
Crédito da imagem: Reuters/Dado Ruvic
Em reunião a portas fechadas realizada na última sexta-feira (27), o chanceler alemão, Olaf Scholz alertou os chefes de Estados-membros integrantes do bloco que a União Europeia deveria pensar seriamente em reduzir seus planos de gastos.
Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, fontes familiarizadas com o tema e que pediram para não terem seus nomes divulgados, teriam declarado que os líderes das nações da zona do euro debateram, entre si e junto ao braço executivo do bloco, a respeito do plano de gastos proposto até a noite do dia anterior. Entre os temas do debate estão o interesse de alguns países em fornecer novos fundos de socorro à Ucrânia, como também em prol de lidar com a imigração, temas nos quais há uma pressão vindas de algumas dessas lideranças do bloco.
Scholz afirmou que a Comissão do grupo passou a ter um foco exacerbado em gastos cada vez maiores, seguindo-se à sua fala uma acalorada discussão sobre redução de despesas. As fontes ainda enfatizaram que o grupo tem trabalhado meses a fio no orçamento da União Europeia para 2024. O prazo final para que seja estabelecido um acordo é o mês de dezembro, e alguns dos Estados-membros teriam alertado também para o fato de que a transferência de fundos continuará no próximo ano.
Mediante a crescente ajuda militar e apoio técnico fornecidos à Ucrânia, os impactos do período pandêmico de Covid-19, agravado ainda pelo crescimento dos juros e consequentemente dos empréstimos governamentais, por uma crise energética aliada ainda ao crescimento da inflação, o orçamento do bloco europeu está sobrecarregado.
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