Com promessas de mais direitos e sindicatos fortes, Lula e Biden colocam em xeque o crescimento de contratações e renda dos trabalhadores
Crédito da imagem - Uber/Agência Brasil
Uma das mais típicas características dos governos de esquerda é a forte intervenção estatal nas relações de trabalho. Se há promessas a caminho de serem cumpridas nesse terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a de tentar mediar contratos entre empresários e funcionários. Em um mundo extremamente competitivo, esta é geralmente a fórmula perfeita para o fracasso.
Como se não bastassem projetos e medidas já em curso - como a de tentar impor vínculos empregatícios a motoristas de aplicativos, como a Uber - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende ampliar o seu alcance com o auxílio dos Estados Unidos - atualmente, comandado por outro presidente de esquerda.
Em recente visita à Casa Branca, Lula e Joe Biden (Partido Democrata) celebraram uma carta de intenções contendo medidas que atendem aos requisitos da famigerada Agenda 2030 da ONU, que claramente pretende apertar normas para que o cidadão fique ainda mais dependente do estado.
Uma amostra real desse poderio já pôde ser testemunhada com restrições draconianas e punições severas impostas ao povo durante a pandemia de covid-19.
Parceria pelos “direitos” dos Trabalhadores
No documento Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores, foram incluídas propostas para que os cidadãos “tenham mais direitos”. Porém, será que esses direitos garantem empregos, renda e segurança?
Um dos itens dessa “parceria” é a que prevê proteção aos direitos dos trabalhadores descritos na Organização Internacional do Trabalho. Colocando Brasil e EUA lado a lado, já enfrentamos problemas na largada. A começar pelos direitos da CLT brasileira que inexistem no sistema norte-americano.
Por serem tão discrepantes, os mercados de trabalho de Brasil e Estados Unidos não assimilaram a proposta compartilhada por Biden e Lula. Fora que, nos Estados Unidos, a ausência de burocracia só oferece vantagens para as contratações.
“Jabuticabas globalistas”
Joe Biden e Lula em Washington D,.C - Agência Brasil
Além de querer aumentar a dependência do cidadão junto à máquina estatal, a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores traz em seu conteúdo propostas que nada têm a ver com o mercado profissional - e são verdadeiras "jaboticabas globalistas".
Ao melhor exemplo da imposição exercida pela cultura progressiva a carta de intenções prevê também realização de projetos de combate às mudanças climáticas e transição digital, além de pautas identitárias. Não, no texto não há nenhum sinal de ideias para ampliar a liberdade econômica que reflitam no mercado de trabalho.
Reflexos imediatos
Enquanto isso, em um Brasil que mal se recuperou dos efeitos da pandemia, a intenção de regulamentar toda e qualquer tipo de atividade econômica do governo Lula já começa a surtir efeitos práticos - e bastante negativos.
O primeiro sinal veio da Justiça do Trabalho, que condenou a Uber a pagar R$ 1 bilhão em indenizações pelo não cumprimento das normas trabalhistas com seus motoristas. Depois veio a reação dos entregadores de comida por aplicativos, que exigem a regulamentação de suas atividades.
Aqui cabe a reflexão: em um mundo onde emprego e renda são disputados de forma cada vez mais acirrada, há ainda espaço para regras que só irão causar mais demissões e falta de trabalho?
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