Um país em desordem
- Carlos Dias
- 3 de out. de 2023
- 2 min de leitura
O Brasil, sem a menor sombra de dúvida, é um gigante. Nenhum país do mundo sobreviria a uma sabotagem descomunal como as promovidas pelas instituições da burocracia Estatal, caso não tivesse um sistema de defesa inalcançável pelos mecanismos de controle do sistema.
Há algo de sobrenatural que protege o Brasil de ingressar em crises mais densas e profundas, de ordem institucional e econômica, planejadas por estruturas políticas e pelas elites burocráticas traidoras, que amarraram e condenaram o país ao contínuo subdesenvolvimento.
O Estado de Direito, a liberdade e o desenvolvimento sempre tiveram inúmeros inimigos no ambiente estatal. Forjou-se no país a ideia de que arranjos legislativos, acordos de representação setorial, produções de leis e controles burocráticos, poderiam garantir estabilidade econômica e o crescimento.
Na verdade, em síntese, esses instrumentos conformaram uma estrutura político administrativa usurpadora, centralista, antropófaga e corrupta. Na economia, com modelos planificados e constantes intervenções do Estado, ampliou-se a dívida pública a patamares incontroláveis, com inflação e juros altos, por consequência, além da produção de uma política tributária, de cunho confiscatório, que associada a outras medidas, liquidou com qualquer possibilidade de atração segura de investimentos privados.
Há décadas, o endividamento do Estado brasileiro cresce, promovido por políticas de privilégio à burocracia estatal, gastos descontrolados da máquina pública e políticas protecionistas, o que aponta para uma perversa e irreversível realidade de risco país, que não se supera sem uma reforma significativa do Estado.
A grave crise estrutural do país penaliza as realidades presentes e futuras, impossibilitando a realização das capacidades potenciais das pessoas, das riquezas naturais do país, literalmente proibidas de serem exploradas racionalmente, gerando um extraordinário passivo social.
O Brasil carece de um projeto nacional que revigore sua autonomia como Nação e restitua aos brasileiros a condição de verdadeiros gestores da economia do país.
De outro lado, precisamos cobrar o importante papel do Congresso Nacional na observância dos preceitos constitucionais constantemente violados pela Corte Suprema e pelo Poder Executivo, sem qualquer reação institucional. O país tem assistido inerte e covardemente a um conjunto de abusos de poder que têm tratado de forma cruel e desumana cidadãos ordeiros e de boa-fé.
O desequilíbrio vivenciado nesses últimos tempos, entre os Poderes da República, desidratou a democracia e a tornou uma figura ilusória na prática.
Interpretações de leis onde não cabe dúvida por ser altamente explicita, têm sido utilizadas para desconstruir a base do capitalismo democrático, relativizando o direito fundamental da base da organização econômica, que é a propriedade privada.
Na mesma linha e em igual força motora, atacam em sua substância valores essenciais da sociedade como o direito à vida, a família natural, ao trabalho e à educação livre.
O Brasil precisa se reencontrar com sua vocação de Nação livre, ordeira e verdadeiramente cristã.
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