Ucrânia volta a atacar infraestrutura energética na Rússia, diz Ministério da Defesa
- Núcleo de Notícias
- 13 de abr.
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Moscou acusa Kiev de violar cessar-fogo parcial acordado entre Putin e Trump após novos bombardeios em Belgorod

O Ministério da Defesa da Rússia denunciou neste domingo (13) que as Forças Armadas da Ucrânia realizaram novos ataques contra duas instalações de infraestrutura energética na região de Belgorod, em território russo, nas últimas 24 horas. Segundo o comunicado, os bombardeios violam diretamente o acordo de trégua firmado entre Moscou e Washington, que previa uma pausa de 30 dias nos ataques a instalações energéticas de ambos os lados.
O cessar-fogo parcial foi acertado em 18 de março durante uma ligação entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na ocasião, o líder americano propôs a suspensão temporária de ataques a alvos energéticos, medida que Putin aceitou. O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, também anunciou publicamente a adesão à trégua.
Apesar disso, autoridades militares russas acusam Kiev de descumprir o pacto quase diariamente. “Em violação do acordo Rússia-EUA, Kiev continua seus ataques unilaterais contra a infraestrutura energética russa”, afirmou o ministério em nota oficial.
De acordo com o informe, o ataque de sábado à noite atingiu uma instalação energética no distrito de Shebekinsky, deixando mais de 600 residências sem fornecimento de energia elétrica. No domingo pela manhã, outro bombardeio afetou a infraestrutura da vila de Stepnoye, no distrito de Krasnoyaruzhsky, agravando a situação da população local.
O Kremlin reiterou que a Rússia está cumprindo sua parte no cessar-fogo, abstendo-se de atacar a infraestrutura energética da Ucrânia como gesto de boa vontade nas negociações com os Estados Unidos. No entanto, advertiu que poderá se retirar antecipadamente do acordo caso Kiev continue desrespeitando os termos.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou anteriormente que a Ucrânia estaria violando o cessar-fogo de forma deliberada com o objetivo de sabotar as iniciativas de paz e minar o diálogo direto entre Moscou e Washington.
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