Governo da Turquia afirma que espiões israelenses atuavam no país em busca de membros do Hamas
Logo do Mossad - divulgação
Após o curto período de trégua entre Israel e Hamas no final de 2023, boa parte da mídia tradicional se afastou da cobertura diária do conflito na região de Gaza que deve completar três meses no próximo domingo, 7 de janeiro.
Nesta semana, um evento em particular ocorrido fora do território israelense chamou atenção pelo envolvimento de outro país: a Turquia - que assim como o Brasil - não enquadra o Hamas no rol de grupos terroristas.
Segundo a mídia estatal turca, 34 indivíduos ligados ao Mossad - o serviço de inteligência de Israel - foram detidos pelas autoridades, sob a acusação de espionagem. Um alto funcionário do governo do presidente Tayyip Erdogan afirmou que os envolvidos na investigação são suspeitos de “caçar” agentes do Hamas protegidos pelas autoridades da Turquia.
Em entrevista reproduzida pela agência Reuters, o funcionário do governo turco descreveu como a operação chegou aos israelenses:
“O Serviço de Inteligência israelense está recrutando pessoal para ser usado em atos contra palestinos residentes em nosso país e suas famílias”, revelou o servidor, que preferiu anonimato.
“(O Mossad) usou anúncios de emprego nas redes sociais para estabelecer contato e, posteriormente, usou plataformas de mensagens criptografadas para manter comunicações com contatos”, explicou.
Até o fechamento desta matéria, o governo israelense não se manifestou sobre a ação da polícia turca contra os supostos agentes.
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