Trump: Zelensky iniciou a guerra e depois implorou por mísseis
- Núcleo de Notícias
- 14 de abr.
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Presidente dos EUA afirma que líder ucraniano iniciou conflito e agora implora por ajuda militar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar duramente o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao declarar que o líder ucraniano “começou a guerra” contra a Rússia e agora implora por mísseis, apesar da desproporcionalidade de forças entre os países. A fala foi feita durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca ao lado do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, nesta segunda-feira (14).
– Ele está sempre querendo comprar mísseis – comentou Trump, referindo-se à recente tentativa de Zelensky de obter sistemas de defesa aérea Patriot, com apoio financeiro de aliados europeus.
– Quando se começa uma guerra, é preciso saber que se pode vencê-la. Você não inicia um conflito contra alguém 20 vezes maior e depois espera que te deem alguns mísseis – afirmou Trump, em tom crítico.
O presidente norte-americano recordou ainda que, durante sua primeira gestão, forneceu mísseis antitanque Javelin aos ucranianos, mas deixou claro que a escalada atual do conflito se deu sob a responsabilidade direta do governo anterior, liderado por Joe Biden.
As declarações de Trump surgem após uma entrevista do presidente ucraniano à rede CBS News, na qual Zelensky apelou por mais defesas aéreas, mencionando a disposição de Kiev para adquirir ou alugar até dez sistemas Patriot, com parte dos recursos sendo oferecidos por parceiros europeus. A reportagem da CBS acusou Trump de distorcer os fatos ao responsabilizar Zelensky pela guerra e chamá-lo de “ditador sem eleições”, acusações que Trump rejeitou veementemente como “fraudulentas” em postagem no Truth Social.
Trump tem reiterado que o conflito entre Rússia e Ucrânia jamais teria ocorrido caso ele estivesse na Casa Branca em 2020, responsabilizando Biden por permitir a deterioração da segurança europeia. Segundo o atual presidente, o governo anterior destinou mais de US$ 300 bilhões em apoio a Kiev, valor que ele agora promete “recuperar” através de negociações sobre a exploração conjunta dos recursos minerais ucranianos, além de sugerir o controle de usinas nucleares no país.
Enquanto o Kremlin tem demonstrado otimismo com os esforços de diálogo retomados sob a nova administração norte-americana, o porta-voz Dmitry Peskov ressaltou que será necessário um trabalho “minucioso e paciente” para reparar os danos causados às relações bilaterais durante o governo Biden.
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