Trump reforça oposição a órgãos da ONU ligados a "assistência palestina"
- Núcleo de Notícias
- 4 de fev.
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Presidente dos EUA deve oficializar saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU e manter corte de verbas à UNRWA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve oficializar nesta terça-feira (4) a retirada do país do Conselho de Direitos Humanos da ONU, além de manter suspenso o financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). A decisão, segundo uma fonte da Casa Branca, faz parte de um realinhamento das políticas externas norte-americanas.
A medida ocorre paralelamente à visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington. O premiê israelense é um crítico ferrenho da UNRWA, alegando que a entidade promove hostilidade contra Israel e mantém vínculos com grupos extremistas.
A UNRWA evitou comentários antes da oficialização da decisão, mas um porta-voz reconheceu que a instituição atravessa dificuldades financeiras severas. Já o Conselho de Direitos Humanos da ONU, por meio de seu porta-voz interino Pascal Sim, informou não ter recebido qualquer comunicação formal dos EUA a respeito do desligamento.
A relação de Trump com essas entidades da ONU sempre foi marcada por tensões. Em sua primeira gestão (2017-2021), ele já havia encerrado repasses à UNRWA e retirado os EUA do Conselho de Direitos Humanos, justificando que o órgão tinha um viés anti-Israel e carecia de reformas. Durante o governo de Joe Biden, os Estados Unidos retomaram seu assento e permaneceram no conselho entre 2022 e 2024.
A decisão de Trump ocorre num momento em que o Conselho de Direitos Humanos da ONU se prepara para revisar a situação dos direitos humanos nos EUA, um processo periódico ao qual todas as nações são submetidas. Embora as resoluções do conselho não tenham caráter obrigatório, elas frequentemente geram pressões políticas e diplomáticas.
Além dessa ruptura com órgãos internacionais, Trump já havia determinado a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo Climático de Paris, retomando medidas adotadas durante seu primeiro mandato.
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