Ex-presidente acusa rede de distorcer respostas de rival democrata para influenciar eleitores
O candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, entrou com uma ação de US$ 10 bilhões contra a CBS News, acusando a emissora de manipulação enganosa em uma recente entrevista com sua rival democrata, Kamala Harris, exibida no programa 60 Minutes.
De acordo com a equipe jurídica de Trump, a entrevista, transmitida no início de outubro, apresentou duas versões de uma mesma resposta de Harris sobre o conflito no Oriente Médio. A resposta exibida na prévia aparentava ser confusa e sem clareza, mas a versão ao ar no programa no dia seguinte foi editada, apresentando uma resposta mais direta e estruturada. O incidente provocou indignação nos apoiadores de Trump, que classificou a edição como "a Maior Fraude da História da Transmissão".
O processo, protocolado na última quinta-feira, acusa a CBS de agir de forma “partidária e ilegal” para influenciar a percepção dos eleitores e beneficiar Harris. “Ao mascarar a falta de clareza de Kamala com edição, a CBS ultrapassou a linha entre o julgamento editorial e a manipulação enganosa,” diz o documento, que aponta tentativa de favorecer o Partido Democrata e prejudicar a campanha de Trump.
Trump exige um julgamento por júri e uma indenização de US$ 10 bilhões, invocando uma lei do Texas contra atos enganosos nos negócios.
A CBS negou as acusações e afirmou que pretende "defender vigorosamente" sua posição. “A entrevista não foi adulterada. As afirmações do ex-presidente Trump são falsas e o processo não tem mérito,” declarou a emissora, que justificou as edições como ajustes para o tempo de exibição, sem divulgar o vídeo completo ou a transcrição original da entrevista.
A disputa ocorre a poucos dias da eleição presidencial, marcada para 5 de novembro, em um cenário acirrado nos principais estados indecisos, onde algumas pesquisas apontam uma diferença de apenas 1% entre os candidatos.
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