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Trump endurece tom contra Irã e admite uso de força militar caso negociações fracassem

Presidente dos EUA retoma pressão máxima sobre Teerã e promete resposta dura se regime persistir com programa nuclear



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira (9) que está preparado para autorizar ação militar contra o Irã caso as negociações em torno do programa nuclear do regime islâmico não avancem. As declarações ocorrem às vésperas de uma nova rodada de conversas marcada para este sábado em Omã — iniciativa liderada por Trump — com o objetivo de conter as ambições nucleares de Teerã.


Segundo o mandatário norte-americano, as negociações representam apenas o início de um processo, mas ele já possui um prazo definido para alcançar um resultado concreto. “É um começo. Temos algum tempo, mas não muito. Porque não vamos permitir que eles tenham uma arma nuclear”, afirmou Trump a jornalistas na Casa Branca.


Questionado sobre a possibilidade de recorrer ao uso da força, Trump foi categórico: “Se necessário? Absolutamente… Com o Irã, sim, se for preciso ação militar, nós vamos agir militarmente… Israel, obviamente, estará muito envolvido nisso — será o líder dessa operação.”


O Irã, por sua vez, insiste que as conversas em Omã serão indiretas, já que, segundo o regime iraniano, os Estados Unidos “não são confiáveis”. O presidente iraniano Masoud Pezeshkian declarou, durante evento do Dia Nacional da Tecnologia Nuclear, que o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, levará orientações diretas do aiatolá Ali Khamenei à mesa de negociações.


Masoud Pezeshkian reiterou a posição de Teerã de que o programa nuclear tem "fins pacíficos" e exigiu garantias claras de Washington. “Estamos prontos para o engajamento, mas deve ser indireto, digno e com garantias. Ainda não confiamos no outro lado”, afirmou em comunicado oficial.


Desde sua volta à Casa Branca em janeiro, Trump reativou sua política de “pressão máxima” sobre o Irã, reinstaurando sanções, especialmente contra o setor de petróleo, e acusando o regime teocrático de buscar armas nucleares, o que violaria normas internacionais. Durante seu primeiro mandato, ele se retirou do acordo nuclear de 2015, conhecido como JCPOA, alegando que o pacto era ineficaz e favorecia o Irã.


Na primeira semana de março, Trump revelou ter enviado uma carta ao líder supremo iraniano propondo novas negociações. Ele alertou que, se a proposta fosse ignorada, o Irã enfrentaria uma resposta militar “como jamais vista”.


Enquanto isso, Teerã tem elevado o tom. Autoridades iranianas informaram que suas forças armadas foram colocadas em alerta máximo, e o regime prometeu responder a qualquer agressão com firmeza.


O cenário indica uma escalada crescente na tensão entre os dois países, com riscos reais de confronto militar direto. Israel, aliado histórico dos Estados Unidos, já sinalizou que apoiará qualquer iniciativa firme para conter o avanço nuclear iraniano, que continua sendo uma das principais ameaças à estabilidade no Oriente Médio.

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