Trump diz que corrupção na USAID chegou a um nível "inexplicável"
- Núcleo de Notícias
- 8 de fev.
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Presidente dos EUA alega uso indevido de bilhões de dólares e suspende projetos financiados pelo órgão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) está mergulhada em um nível de corrupção “inexplicável” e defendeu seu fechamento imediato. A declaração foi feita na sexta-feira (7) em sua plataforma Truth Social, onde o republicano acusou o órgão de desviar bilhões de dólares para beneficiar aliados políticos e veículos de mídia simpáticos aos democratas.
Desde sua posse, Trump tem adotado uma postura de corte de gastos públicos, e uma de suas primeiras ordens executivas foi a suspensão de toda a ajuda externa dos EUA, por um período de três meses, para revisão das despesas. O secretário de Estado, Marco Rubio, já interrompeu diversos projetos administrados pela USAID, considerada o principal canal de financiamento de iniciativas políticas no exterior.
Acusações de favorecimento político
Além das alegações de corrupção generalizada, Trump acusou a agência de repassar milhões de dólares para empresas de comunicação alinhadas com os democratas. Ele citou especificamente o site Politico, que, segundo ele, teria recebido US$ 8 milhões em forma de assinaturas da versão premium do portal.
A denúncia teria surgido a partir de investigações conduzidas pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk, responsável por auditar os gastos federais. Após a descoberta, a Casa Branca ordenou a rescisão de todos os contratos de mídia financiados pela USAID, segundo informações do site Axios. O Politico, por sua vez, negou qualquer financiamento direto do governo, argumentando que seu serviço de assinaturas foi adquirido por algumas agências federais.
Demissões em massa e disputa judicial
A reestruturação da USAID já resultou na demissão de milhares de funcionários. A administração Trump planeja manter menos de 300 dos mais de 10 mil empregados do órgão, o que gerou forte resistência de sindicatos do setor público.
Diante da ameaça de fechamento da agência, a Federação Americana de Funcionários Governamentais (AFGE) e a Associação Americana de Serviço Exterior (AFSA) entraram com um processo contra Trump, Rubio e os departamentos do Tesouro e Estado, classificando os cortes como “inconstitucionais e ilegais”.
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