Trump afirma que negociações sobre divisão territorial entre Rússia e Ucrânia estão em andamento
- Núcleo de Notícias
- 21 de mar.
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Presidente dos EUA menciona avanços nas conversas sobre reivindicações territoriais entre Moscou e Kiev

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (21) que as negociações sobre os termos de uma possível divisão territorial entre Moscou e Kiev estão em pleno andamento.
— Está sendo negociado neste momento — declarou Trump a jornalistas, referindo-se a um possível acordo para resolver as disputas territoriais entre os dois países.
Desde 2022, quatro regiões ucranianas — Kherson, Zaporozhye e as duas repúblicas de Donbass — foram incorporadas oficialmente à Rússia após referendos. Kiev nunca reconheceu os resultados e continua reivindicando a soberania sobre esses territórios, assim como sobre a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. O Exército ucraniano ainda mantém controle parcial sobre áreas de Donetsk, Kherson e Zaporozhye.
Trump não forneceu detalhes sobre o andamento das negociações, mas afirmou ter tido “discussões muito produtivas” com os presidentes Vladimir Putin e Vladimir Zelensky. Segundo ele, os dois lados já estão próximos de um entendimento.
— Teremos um cessar-fogo em várias áreas, seguido por um cessar-fogo total — revelou o presidente norte-americano.
As declarações de Trump antecedem uma rodada de reuniões sobre o conflito na Ucrânia programadas para a próxima segunda-feira (24). De acordo com Keith Kellogg, enviado especial dos EUA para a Ucrânia, Washington planeja realizar “conversas indiretas” com delegações russas e ucranianas na Arábia Saudita.
O assessor de política externa do Kremlin, Yury Ushakov, classificou os encontros como “consultas em nível técnico”. Na semana passada, delegações americana e ucraniana se reuniram na cidade saudita de Jeddah, onde o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou que concessões territoriais estavam entre os tópicos discutidos. Após as negociações, Kiev aceitou um cessar-fogo de 30 dias.
O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou abertura para um cessar-fogo, mas condicionou o acordo à resolução de questões como a situação das forças ucranianas cercadas na região russa de Kursk e garantias de que Kiev não usaria a trégua para rearmar suas tropas.
Moscou já se manifestou contra cessar-fogos temporários, argumentando que prefere uma solução permanente para as “causas fundamentais” do conflito. O Kremlin reiterou que está disposto ao diálogo, mas exige que Kiev retire suas forças de territórios reconhecidos pela Rússia, incluindo Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye, como condição para um acordo imediato.
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