Retomada dos "tratoraços" do agro europeu acontece às vésperas da eleição no Parlamento
Os tratoraços na Europa estão de volta. Após uma breve trégua, os fazendeiros europeus retomaram os manifestos pelo Velho Continente, com a participação de pelo menos 500 tratores que invadiram as ruas de Bruxelas na última terça-feira (4) às vésperas das eleições no Parlamento.
Antes dos representantes do agro entrarem na capital da Bélgica, a última movimentação do setor havia ocorrido em fevereiro deste ano na Espanha.
Segundo a organização com sede na Holanda “Farmers Defence Force”, o alvo principal do protesto foi a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen e "suas práticas ecológicas radicais" que têm demonizado a agropecuária europeia.
O produtor italiano Salvatore Fais - que também esteve no tratoraço - afirmou que Von Der Leyen tem acusado injustamente o setor.
“O bloco europeu tem acusado injustamente os agricultores de poluir o meio ambiente, impondo condições que, na visão deles, levam à produção reduzida, concorrência desleal e integração forçada na Europa”, lamentou Fais.
Inaugurada na Alemanha no final de 2023, a onda de protestos dos agricultores europeus escancarou uma série de reivindicações do setor, com destaque para o apelo pela retomada dos subsídios para o diesel usado pelo agro, contra a imposição do "radicalismo climático" da ONU e contra a comercialização de produtos estrangeiros - em particular, da Ucrânia - no continente com preços mais competitivos.
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