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Tesouro Nacional aponta déficit de R$5,3 bilhões do Governo central em setembro

Déficit primário expõe descontrole fiscal do governo



O Tesouro Nacional revelou um déficit primário de R$5,3 bilhões em setembro. O resultado, que inclui as contas do Tesouro, Banco Central e Previdência Social, expõe os desafios crescentes da atual administração para manter suas contas em ordem. A queda real de 8,5% na receita líquida em relação ao ano anterior foi um dos principais fatores que agravaram o quadro fiscal, evidenciando uma trajetória que dista da meta de déficit zero para 2024.


O impacto foi ainda mais significativo pelo fato de que o Tesouro divulgou apenas um sumário executivo dos dados, uma mudança que reflete a pressão interna do funcionalismo público, que busca ajustes salariais. Com a ausência do relatório completo, resta pouca transparência nas informações apresentadas, e o governo deixa transparecer fragilidade na gestão dos dados econômicos em um momento crítico.


Apesar de um aumento real de 17,4% nas receitas administradas pela Receita Federal, devido a uma arrecadação mais forte de Imposto de Renda, PIS/Cofins, IPI e Imposto de Importação, o crescimento foi insuficiente para compensar uma queda vertiginosa de 59,8% nas receitas administradas por outros órgãos. Essa dependência de fontes instáveis de receita revela um orçamento vulnerável e a falta de uma estratégia fiscal consistente para sustentar o equilíbrio das contas.


Ao mesmo tempo, as despesas governamentais continuam em alta, com elevação real de 1,4% em setembro, impulsionada por maiores gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pela antecipação de precatórios para o Rio Grande do Sul. Esse aumento compromete ainda mais a meta fiscal para 2024, uma vez que o déficit acumulado de R$105,2 bilhões nos primeiros nove meses do ano já supera os R$94,3 bilhões registrados no mesmo período de 2023, sem perspectiva de recuperação nos próximos meses.


A equipe econômica do governo prometeu um pacote de medidas para frear o crescimento das despesas, mas, de acordo com suas próprias previsões, os efeitos só serão sentidos a partir de 2025. Com isso, o compromisso de atingir o déficit primário zero para 2024, que contava com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB (cerca de R$29 bilhões), torna-se cada vez mais inatingível.

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