Teoricamente, Selic teria que subir para a inflação convergir para a meta
- Núcleo de Notícias
- 3 de nov. de 2024
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Análise sugere necessidade de política monetária ainda mais restritiva para convergir a inflação à meta de 3%

O cenário econômico atual do Brasil demanda uma resposta firme da política monetária para conter as pressões inflacionárias. O Banco Central enfrenta o forte desafio de recalibrar sua estratégia, considerando a necessidade de elevar a taxa Selic para combater a inflação persistente. Contudo, é importante reconhecer que a eficácia da política monetária é limitada quando confrontada com uma política fiscal irresponsável, expansionista e quase criminosa.
A recente flexibilização monetária, que reduziu a Selic de 13,75% para 10,5% entre agosto de 2023 e maio deste ano, precisa ser reavaliada à luz das novas condições econômicas. O aumento desenfreado dos gastos públicos e o desalinhamento das expectativas inflacionárias determinam a necessidade de uma postura mais rígida na condução da política monetária.
Outro ponto significativo a ressaltar é que o controle da inflação não depende exclusivamente das ações do Banco Central. A estabilidade monetária está intrinsecamente ligada à disciplina fiscal e à redução do tamanho e da intervenção do Estado na economia. O atual descontrole dos gastos públicos promovido pelo governo federal não apenas aniquila os esforços de estabilização monetária, como também compromete o crescimento econômico sustentável a longo prazo.
Neste contexto, o Banco Central deve sinalizar um viés de alta para a taxa Selic, implementando aumentos graduais, porém consistentes. Esta abordagem visa não apenas conter as pressões inflacionárias imediatas, mas também ancorar as expectativas de inflação no médio e longo prazo.
Entretanto, é fundamental compreender que a política monetária, por si só, tem limitações para corrigir os desequilíbrios causados por uma política fiscal irresponsável. A verdadeira solução para a estabilidade econômica reside em reformas estruturais que promovam a redução do Estado, a desregulamentação da economia e o equilíbrio das contas públicas, como o presidente do Instituto Democracia e Liberdade, Carlos Dias, tem defendido constantemente.
O caminho para uma economia saudável e próspera passa necessariamente por uma mudança de paradigma na gestão das finanças públicas. Isso inclui a redução drástica dos gastos governamentais, a privatização de empresas estatais, a simplificação do sistema tributário e a eliminação de subsídios e privilégios que distorcem o mercado.
O Banco Central deve continuar a manter uma postura independente e estar preparado para elevar a taxa Selic conforme necessário. A verdadeira batalha contra a inflação e pela estabilidade econômica, apontam para a necessária e profunda reforma do Estado, alinhada com os princípios de livre mercado e responsabilidade fiscal.
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