Tendência foi levantada durante apresentação de Roberto Campos Neto em evento do Fundo Monetário Internacional em Marrocos
Iron Dome protege Israel de ataques do Hamas: Crédito: Israel Defense Forces
Na mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a autoridade monetária - que atua com autonomia desde a gestão Bolsonaro - decidiu, mais uma vez, reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual. A medida fez com que a taxa de juros básica da economia voltasse ao patamar de maio de 2022, a 12,75% ao ano.
Embora os prognósticos do Banco Central (BC) tenham se mostrado otimistas, tanto para o PIB como para a inflação, o curso decrescente dos juros pode ser interrompido a qualquer momento. Tudo irá depender da escalada da guerra ao terror promovida por Israel contra o Hamas.
Tensões geopolíticas
O alerta foi dado pelo próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizado nesta semana em Marrakech, Marrocos.
Sem citar propriamente o conflito Israel x Hamas, Campos Neto usou parte de sua apresentação diante de investidores para destacar as possibilidades do custo de energia subir de forma global, com destaque para o barril do tipo Brent.
Em um gráfico com dados sobre dólar e petróleo, o presidente do BC colocou na balança eventuais variações de inflação e da atividade econômica, em um cenário de constantes adversidades geopolíticas, iniciadas em fevereiro de 2022 com a invasão russa na Ucrânia.
Na mesma apresentação, Roberto Campos Neto abordou outros fatores preocupantes para a economia brasileira e global. Entre eles, a política fiscal dos Estados Unidos - com possibilidades reais de novas altas de juros - e a situação do mercado imobiliário falimentar da China.
A apresentação completa do presidente do Banco Central pode ser conferida neste documento.
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