Para a ministra do Planejamento, deveria ser excluído 1 ano do mandato para não gerar "ruídos" entre os presidentes eleitos
A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) - a mesma que apontava os governos petistas como responsáveis pela corrupção revelada pela operação Lava Jato - decidiu entrar na briga entre Lula e Roberto Campos Neto.
Para a titular de uma pasta que está ligada diretamente à Fazenda, seria necessário ocorrer uma mudança “pontual” no tempo de mandato do presidente do Banco Central, para evitar eventuais “ruídos” com o governo federal.
“Acho que é saudável a autonomia do Banco Central, mas eu questionei esses dois anos de um presidente do Banco Central de governos passados. Acho que um ano é mais que o suficiente, é o tempo de se adequar e passar o bastão”, ressaltou Tebet durante entrevista concedida no Senado Federal.
“Mas, repito, isso não significa interferência do Executivo ou do Legislativo no Banco Central, (...) Dois anos, acho que cria esse estresse, esse ruído. Está mostrando que, de alguma forma, eu posso ter tido razão quando questionei alguns colegas sobre isso. Um ano que possa ter alguém que possa ter diálogo institucional, jamais de vinculação ou direcionamento de política monetária, mas um diálogo institucional mais fácil”, explicou.
Desde 2021, um presidente do Banco Central - assim como ocorre com o presidente da República há décadas - cumpre mandato de quatro anos à frente da entidade monetária. O fim do ciclo de Roberto Campos Neto está programado para dezembro de 2024. O sucessor do economista, a ser indicado por Lula, deve ficar no cargo até 2028.
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