STF abre licitação para "espionar" redes sociais
- Instituto Democracia e Liberdade
- 17 de jun. de 2024
- 1 min de leitura
Ministros do STF querem saber o que é falado sobre eles, alegando "disseminação de fake news"

Você já criticou, ainda que apenas uma vez, algum ministro do Supremo Tribunal Federal? Já manifestou na internet sua indignação contra medidas aplicadas pelos magistrados, como a da prisão do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe G. Martins, preso há mais de quatro meses por ordem da corte? Se as respostas foram afirmativas, se prepare: você já entrou na mira do STF.
A iniciativa de monitorar ainda mais o cidadão comum foi anunciada pela própria Suprema Corte brasileira através de um edital para contratar uma empresa especializada em monitorar conteúdo nas mídias sociais.
Segundo o documento, a intenção é investir cerca de R$ 345 mil durante um ano para saber o que é falado a respeito dos ministros em perfis e páginas das plataformas Facebook, X, Youtube, Instagram, Flickr, TikTok e Linkedin.
No texto do edital, o STF ainda especifica que a futura contratada utilize uma ferramenta específica no trabalho de monitoramento capaz de “identificar públicos, formadores de opinião, discursos adotados, georreferenciamento da origem das postagens, bem como avaliar a influência dos públicos, dos padrões das mensagens e de eventuais ações organizadas na web”.
O caráter persecutório da medida ainda prevê a produção de relatórios com balanços diários. A intenção dos boletins é “identificar os formadores de opinião” que debateram temas ligados ao Supremo e sua repercussão nas redes.
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