Operando em satélites de baixa órbita, a Starlink segue operando em meio ao desastre histórico no Rio Grande do Sul
Em meio ao desespero de centenas de milhares de desabrigados e das famílias que buscam por seus entes queridos em um Rio Grande do Sul submerso, ao menos uma notícia positiva serviu para acalentar um povo ainda sem destino.
Após todos os serviços convencionais de internet pararem de operar em razão das inundações no estado, o sistema Starlink - que conecta o mundo por meio de constelações de satélites em baixa órbita - foi o único que sobreviveu às enchentes e permanece ativo, coordenando buscas pelos quase 400 municípios afetados.
No município de Encantado, por exemplo, uma antena Starlink foi emprestada por um proprietário de uma farmácia local para ajudar a Defesa Civil a coordenar buscas em áreas mais afetadas pelas inundações.
A parceria entre a Starlink de Elon Musk e o Brasil, não por acaso, ganhou força em 2022, após a visita do empresário - e visionário - ao Brasil, onde lançou oficialmente o programa Conecta Amazônia ao lado do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Super animado por estar no Brasil para o lançamento do Starlink para 19.000 escolas desconectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazônia!”, comemorou Musk no X, logo após a assinatura do acordo.
A resistência funcional do Starlink em meio ao caos e à destruição que se espalhou no Rio Grande do Sul é justificada por seu poder de levar internet onde o 5G falha em conectar.
Elon Musk quer posicionar 42 mil satélites Starlink em órbita
Desde sua inauguração em 2019, mais de 5.800 satélites já foram ao espaço, garantindo conexão de banda larga para mais de 2.7 milhões de assinantes em todo o mundo.A intenção da companhia de Musk é colocar em órbita cerca de 42 mil satélites.
Em comparação com o sistema convencional, o Starlink opera em uma velocidade de 150 Mbits por segundo contra 10 Mbits por segundo do 5G. Além disso, sua faixa operacional é mais acessível, operando em apenas a 440 quilômetros de distância do solo. A característica de baixa latência também é essencial. Em suma, o deslocamento de dados permite transmissões de vídeo mais ágeis e em tempo real.
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