Starlink não pode operar na África do Sul pois "não sou negro" - Elon Musk
- Núcleo de Notícias
- 8 de mar.
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Legislação sul-africana impõe exigências que impedem atuação da empresa

O empresário Elon Musk afirmou que sua empresa de internet via satélite, Starlink, não pode operar na África do Sul porque ele "não é negro". A declaração foi feita na sexta-feira (07) em resposta a um podcast do empresário sul-africano Rob Hersov, que criticou as leis raciais do país e chamou a política local de "infectada por uma mentalidade woke perversa".
O governo sul-africano rejeitou a acusação de Elon Musk. O porta-voz da diplomacia do país, Clayson Monyela, afirmou que a restrição não tem relação com a cor da pele do empresário e que a Starlink poderá operar na África do Sul "desde que cumpra as leis locais".
A legislação sul-africana exige que empresas estrangeiras de telecomunicações tenham pelo menos 30% de propriedade de "grupos historicamente desfavorecidos", uma regra que impede a operação direta da Starlink, uma subsidiária da SpaceX, que não vende ações publicamente. No ano passado, a empresa classificou essa exigência como um "obstáculo significativo" para investimentos no país.
A tensão entre os Estados Unidos e a África do Sul se intensificou recentemente. O presidente Donald Trump ameaçou cortar a ajuda ao país, acusando-o de se alinhar ao Irã e de promover políticas que violam direitos humanos, como a expropriação de terras de agricultores brancos. O governo de Cyril Ramaphosa defendeu as medidas como parte de um esforço para redistribuir terras e corrigir desigualdades herdadas do regime do Apartheid.
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