top of page

Sob protesto dos gaúchos, governo zera tarifa de importação de 3 tipos de arroz

Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul mantém posição e diz que importação de arroz é desnecessária no momento


Conab ainda não sabe se o governo brasileiro irá comprar o produto

Apesar das críticas dos produtores gaúchos, o governo Lula decidiu zerar a tarifa de importação de três tipos de arroz. A medida foi anunciada pelo Comitê Executivo de Gestão da Camex (Câmara de Comércio Exterior), que justificou sua posição como “cautelosa”, com a intenção de "evitar o risco de desabastecimento provocado pelas enchentes no Rio Grande do Sul". Os agricultores do estado, entretanto, afirmam que quase toda a safra já foi colhida e que o risco de falta de arroz é "zero".


No momento, seriam contemplados com alíquota zero dois tipos de arroz não parboilizados e um do tipo polido, atendendo aos requisitos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e do Ministério da Agricultura e Pecuária. Na semana passada, a Conab havia anunciado o leilão do cereal, que pode chegar à 1 milhão de toneladas. O primeiro bloco dos arremates havia sido agendado para esta terça-feira (21). Contudo, o Ministério da Agricultura decidiu suspender o leilão, alegando que o Mercosul aumentou o preço do arroz em 30%.


"Agricultores gaúchos nunca cogitaram importar arroz"


Após o anúncio do fim provisório da tarifa de importação de três tipos de arroz, o Rumo Econômico entrou em contato com a Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul. O assessor da entidade, Gerson Raugust, ratificou a posição do agro local de que não há necessidade da aquisição do produto no momento. Segundo Raugust, os agricultores gaúchos sequer cogitaram a compra do cereal do exterior. Ele explicou ainda que a decisão da importação "seria mais política do que técnica".


“Nós nos reunimos com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e explicamos que o grosso da safra de arroz já havia sido colhido, e que apenas uma pequena parte havia sido atingida pelas enchentes”, explicou o representante da Farsul.


“Dito isso, em nenhum momento o consumo de arroz no Brasil foi colocado em risco, visto que a quebra da safra foi de apenas de 2%. Nos foi dito que a preocupação do governo era com a disparada dos preços. Contudo, como Porto Alegre recebe todo o arroz que vem das outras regiões para o embarque, nós explicamos ao ministro que nosso principal problema era a logística. Desde o princípio, o que estava em risco era o transporte do arroz”, reiterou.


--


Leia todas as nossas matérias integralmente.

Assine o Rumo Econômico no link abaixo:

Comments


bottom of page