Dois dias a mais de mobilização nas ruas estão na agenda, incluindo 11 de março
A França tem enfrentado um longo impasse quando se refere à reforma da previdência, e na última terça-feira (7) as tensões foram reforçadas após uma reunião das organizações de trabalhadores que definiu dois novos dias para mobilizações nas ruas em protestos organizados. 11 de março e o “dia da comissão mista”, agendado também para a próxima semana foram as datas escolhidas, de acordo com o informado à imprensa pelo “Intersyndicale” em um comunicado.
O órgão formado por treze integrantes tem como propósito reunir o maior número possível de franceses nas ruas, a fim de conquistar a suspensão ou mesmo o cancelamento da reforma previdenciária. Em 31 de janeiro 1,27 milhão de pessoas aderiu aos protestos e saíram em marcha, segundo informações do Ministério do Interior francês. “A aposta foi um sucesso”, disse Marylise Léon, do CFDT.
O grupo alegou que o “silêncio do Presidente da República que constitui um grave problema democrático, e que conduz inevitavelmente a uma situação que pode tornar-se explosiva”, e continuou enfatizando sua insatisfação ao declarar que “Seis grandes mobilizações não obtiveram resposta, não pode durar (...) Em responsabilidade, o Intersindicale enviará uma carta a ele [Macron] pedindo para ser recebido com urgência para que ele se retire sua reforma”. Em resposta, a comitiva de Macron declarou que “a porta do executivo esteve sempre aberta” e que permanecerá “ao lado dos franceses”.
Ao final da tarde desta terça-feira (7), o Senado francês iniciou também a análise do projeto de reforma da Previdência que reduz a idade de aposentadoria para 64 anos, o que levou Yvan Ricordeau, secretário nacional da CFDT a declarar: “Estamos entrando em duas semanas cruciais”.
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