Simone Tebet e Rui Costa defendem Lula e atacam mercado em discurso alheio à realidade fiscal
- Núcleo de Notícias
- 5 de dez. de 2024
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Ministros do governo ignoram alertas do mercado e tentam desviar atenção do desastre econômico

Em mais um episódio de desconexão com a realidade, Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, e Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, usaram a inauguração da fábrica da Suzano no Mato Grosso do Sul como palco para criticar o mercado financeiro e defender o presidente Lula. Enquanto o Brasil enfrenta um cenário de incertezas econômicas, com o dólar acima de R$ 6 e a confiança no governo despencando entre investidores, os ministros optaram por atacar quem alerta para os riscos de irresponsabilidade fiscal.
Segundo Tebet, a reprovação de 90% do mercado financeiro ao governo é "jogar contra o país". No entanto, a ministra ignora que esse número não é fruto de conspiração, mas sim da percepção concreta de uma política econômica marcada por promessas populistas e falta de compromisso com cortes de gastos.
O discurso de Rui Costa não ficou atrás em termos de retórica vazia. Ao falar da "economia real", o ministro pareceu esquecer que o setor produtivo também depende de estabilidade econômica e previsibilidade fiscal. As declarações tentam mascarar o descontentamento crescente com um governo que se mostrou incapaz de apresentar reformas estruturais ou respeitar o teto de gastos, optando por medidas paliativas que colocam em risco o futuro econômico do país.
A reação do mercado às medidas econômicas de Fernando Haddad não é gratuita. O pacote fiscal e a isenção de IR para rendas até R$ 5 mil soam como promessas de curto prazo, sem lastro em uma política de ajuste fiscal sólida. A pesquisa da Quaest, que apontou a reprovação de 90% dos gestores financeiros, reflete não apenas o pessimismo, mas também o cansaço com um governo que insiste em repetir os erros do passado.
Longe de "jogar contra o país", o mercado está expondo a fragilidade de um governo que prioriza narrativas ideológicas em vez de corrigir sua absoluta falta de austeridade fiscal.
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