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Setor de serviços do Brasil desacelera e confiança despenca

Indicadores mostram que a economia brasileira enfrenta desafios estruturais, com o setor de serviços registrando seu menor crescimento em 2024



O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da S&P Global revelou que o setor de serviços do Brasil encerrou dezembro com crescimento em desaceleração. O índice caiu para 51,6, ante 53,6 em novembro, registrando o menor patamar do ano. Apesar de se manter acima de 50 — limite que separa crescimento de contração — o resultado reflete um segundo mês consecutivo de declínio.


Em seu pico, o PMI de serviços havia alcançado 56,4 em julho, demonstrando que o setor perdeu força ao longo do semestre. A taxa de expansão foi a mais baixa desde agosto, indicando uma demanda enfraquecida.


Confiança empresarial no menor nível em anos


Um dado alarmante foi a queda na confiança das empresas do setor, que atingiu o nível mais baixo em mais de três anos e meio. Preocupações com as perspectivas de crescimento, agravadas pela inflação e pelo custo elevado de empréstimos, foram apontadas como os principais fatores.


Custos de insumos em disparada


Os custos dos insumos enfrentaram o maior aumento em 29 meses, atribuídos à desvalorização do real e ao aumento das despesas com salários. Essa pressão levou a uma alta significativa nos preços cobrados, marcando o 50º mês seguido de aumento, e reforçou as preocupações com a inflação.


Reflexos no PIB e no PMI composto


Como maior componente do PIB, o desempenho do setor de serviços teve impacto direto no PMI Composto, que abrange também a produção industrial. O índice caiu de 53,5 em novembro para 51,5 em dezembro, evidenciando a fraqueza generalizada na atividade econômica.


Desafios para 2025


O setor de serviços enfrenta pressões estruturais que ameaçam a recuperação. Com inflação persistente, custos altos e uma necessária política monetária contracionista, os sinais de desaceleração reforçam a necessidade de reformas profundas, controle de gastos e austeridade fiscal por parte do governo federal para garantir estabilidade e competitividade no longo prazo.

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