Servidores do IBGE denunciam Pochmann por assédio e retaliação após críticas à gestão
- Núcleo de Notícias
- 27 de mar.
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Mudança forçada de setor seria represália por denúncias sobre uso político do instituto

Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acusaram o presidente do órgão, Marcio Pochmann, de promover retaliações e assédio moral contra funcionários que criticaram decisões de sua gestão. As denúncias foram formalizadas em uma carta aberta divulgada nesta quinta-feira (27) por técnicos das gerências de Sistematização de Conteúdos Informacionais (GECOI) e de Editoração (GEDI).
Entre as principais reclamações, os servidores alegam terem sido deslocados de sua sede na região do Maracanã, no Rio de Janeiro, para um antigo parque gráfico do IBGE localizado na Avenida Brasil, no bairro de Parada de Lucas. A área é vizinha ao Complexo de Israel, conjunto de comunidades dominadas pelo crime organizado. Os funcionários acreditam que a mudança foi uma forma de punição pelas críticas feitas à gestão Pochmann, incluindo a denúncia sobre a tentativa de incluir um prefácio assinado pelo governo de Pernambuco em uma publicação oficial do instituto, o que poderia ser caracterizado como propaganda política.
Os servidores argumentam que as atividades desenvolvidas pelas gerências afetadas são realizadas digitalmente e que a realocação não tem justificativa técnica. Segundo a carta aberta, a mudança imposta representa um ato de intimidação e afronta o histórico de atuação das unidades, que operam no prédio do Maracanã desde os anos 1990.
A denúncia se soma a um ambiente de crescente tensão dentro do IBGE, onde a atual presidência vem sendo criticada por decisões controversas que comprometem a credibilidade técnica do instituto.
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