Ponte aérea Rio-São Paulo foi comercializada a R$ 2,6 mil em novembro - mas valor já chegou a R$ 8 mil, segundo associação
Agência Brasil/EBC
Durante a campanha eleitoral, o então candidato a terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva decidiu resgatar uma antiga bravata de gestões petistas: “O pobre precisa voltar a andar de avião”.
Mais de um ano depois de soltar o bordão populista, a realidade aponta para o caminho oposto. As passagens áreas estão mais caras, e se transformaram em vilões da inflação.
Com alta de 0,24%, a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi influenciada por variações mais altas nos segmentos de habitação, vestuário, bebidas e transportes - este último - influenciado pelo alto custo dos tickets de aviação comercial.
Um exemplo da volatilidade do mercado apareceu na terça-feira (7). Os passageiros que procuraram os guichês das companhias aéreas para embarcar do Rio de Janeiro para São Paulo se assustaram - e com razão - com os valores cobrados pela tradicional Ponte Aérea.
No período da manhã, o preço da passagem apenas de ida da capital carioca para a capital paulista chegou a bater em R$ 2.6 mil.
De forma quase inimaginável, o bilhete aéreo do Rio de Janeiro para o aeroporto John Fitzgerald Kennedy, em Nova York, podia ser adquirido por meros R$ 1.8 mil, levando em conta os assentos disponíveis mais baratos.
Ponte Aérea já bateu em R$ 8 mil em setembro
O susto levado pelos consumidores em novembro, entretanto, nem chegam perto do resultado alcançado em setembro deste ano por uma pesquisa da associação Rio Vamos Vencer.
De acordo com o levantamento feito junto às principais companhias aéreas, a ponte aérea Rio-São Paulo já chegou a ser cotada em incríveis R$ 8 mil. O preço, contudo, era cobrado para quem precisava comprar seu assento para embarque no mesmo dia. Já o valor médio, segundo a RVV, bateu em R$ 6 mil para a rota entre os aeroportos Santos Dumont-Congonhas.
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