Informação divulgada pelo FMI passou batida pela grande mídia brasileira, mas é resgatada pelo Rumo Econômico
FMI - Divulgação
Todo o cenário de tensão global provocado pelo conflito entre Israel e Hamas, além do foco exagerado na disputa interna entre o governo Lula e o presidente do Banco Central, deixou para segundo plano os preocupantes dados divulgados recentemente pelo relatório do Monitor Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em meio ao já anunciado fracasso da meta fiscal de déficit zero para 2024, o Brasil deve manter o ritmo de endividamento público nos próximos anos.
Tal informação foi confirmada, inclusive, pelo próprio presidente da República, que admite não ver espaço para cortes de despesas com seu Novo PAC - a versão recauchutada dos mal-sucedidos Planos de Aceleração do Crescimento executados nas gestões anteriores de Lula e Dilma Rousseff.
Segundo o FMI, até o final de 2023, a dívida bruta nacional subirá de 85,3% do Produto Interno Bruto para 88,1% do PIB.
Se confirmada a gastança desenfreada e endossada por Lula, o prognóstico do fundo para 2028 será ainda pior, chegando a incontroláveis 96,2% do PIB.
A título de referência, o Produto Interno Brasileiro atingiu a marca de R$ 9,9 trilhões em 2022, com crescimento de 2,9% em comparação a 2021.
Brasil em débito: Sem guerra, nem pandemia
A preocupante escalada da dívida brasileira em 2023 deverá colocar o país no terceiro lugar do ranking mundial, ao lado da Ucrânia. As conjunturas dos países, entretanto, são bem antagônicas.
Em guerra desde fevereiro de 2022 após a invasão russa, os ucranianos sofrem com falta de subsídios e estímulos em sua economia. Apesar do revés, dados oficiais apontam para uma reação considerável, com o PIB do país eslavo em alta de 2,2% entre janeiro e julho.
Como efeito comparativo, o Brasil já não convive com o mesmo revés estrutural causado pelos lockdowns da época de pandemia - muito menos, com problemas que seriam causados por uma guerra local (sem contar a criminalidade civil).
Nesse cenário, nossa dívida bruta só ficaria atrás de Argentina (2ª colocação) e Egito (1ª), com 89,5% e 92,7% do PIB, respectivamente.
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