Selic a 10,75%: BC indica que pode frear corte de juros nas próximas reuniões

Copom destacou que "incerteza econômica" pode reduzir ritmo de corte na Selic nas próximas reuniões

Copom

Embora o novo corte de 0,50% na Selic anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tenha sido bem recebido pelo governo, a entidade que define a taxa básica de juros da economia nacional já sinaliza que irá pisar no freio.

No comunicado divulgado na noite de quarta-feira (20), a entidade colocou um ponto de interrogação no mercado, destacando fatores como “incerteza” e a necessidade de “maior flexibilidade” de medidas. 

"O Comitê avalia que o cenário-base não se alterou substancialmente. Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião", escreveu o Copom.

Inflação volta a preocupar os economistas

A decisão de reduzir a Selic para 10,75% ao ano não evitou que o BC notasse o avanço dos índices inflacionários, influenciados, principalmente, pelo aumento dos preços dos alimentos e da educação. Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) ficou em 0,85% em fevereiro - maior taxa para o mês desde 2020, quando chegou a 0,25%.