Além de citar reformas anteriores, agência de classificação de risco elogiou o BC no controle da inflação
Ações do BC, presidido por Campos Neto (foto), para o controle da inflação influenciaram na melhora da nota de risco (Agência Brasil/EBC)
O ministro da economia, Fernando Haddad (PT), comemorou nesta semana o novo voto de confiança dado pela agência de classificação de risco S&P Global Rating ao Brasil. Segundo observação da entidade, a nota do país passou de BB- para BB nos prognósticos a longo prazo.
Sem colocar na balança a "avalanche" de emendas pagas pelo presidente Lula ao Congresso em apenas dois dias (cerca de R$ 10 bilhões, entre 12 e 13 de dezembro), Haddad definiu a conquista como “harmonia entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”. Por sua vez, a S&P cogitou outros fatores para melhorar a avaliação econômica nacional.
Agência destaca ação do BC para controlar a inflação
No comunicado divulgado na terça-feira (19), a S&P Global Rating destacou a aprovação da reforma tributária como item influenciador na melhora da classificação brasileira. Entretanto, como em sua decisão de julho, a agência elogiou "as conquistas estruturais obtidas desde 2017, como as reformas trabalhista e da Previdência Social", efetivadas nos governos Temer e Bolsonaro, respectivamente. Outro fator primordial elogiado pela S&P foi a performance do Banco Central com sua política de juros para o controle da inflação.
"Mesmo que implementada gradualmente, a reforma representa uma revisão significativa do sistema tributário e provavelmente será traduzida em ganhos de produtividade a longo prazo", apontou a S&P em seu comunicado sobre a economia brasileira.
Embora tenha elogiado a aprovação da PEC 45/2019, a agência também destacou, de forma negativa, o número de exceções concedidas pelo Congresso - o que poderá tornar a alíquota do IVA (Imposto Sobre Valor Agregado) brasileiro como o maior do mundo.
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