O números não mentem. A queda brutal nas taxas de fecundidade e os avanços das políticas globalistas colocam em risco o futuro do planeta
Quando o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou - com toda pompa e circunstância - que o direito ao aborto seria um artigo da Constituição do país, feministas e agentes compromissados com a agenda globalista da ONU comemoraram o avanço de um plano diabólico que parece sem retorno: a queda vertiginosa da natalidade humana.
O choque de realidade apresentado por prognósticos econômicos e sociais, entretanto, contraria o que têm pregado os teóricos da superpopulação nas últimas três décadas.
É um fenômeno mundial - e que piorou de forma drástica entre 2020 e 2022, com as medidas draconianas executadas durante a pandemia de covid-19.
Segundo dados do World Population Review, a taxa de fecundidade nos países de alta renda per capita atingiu números inferiores ao da década de 1970 - algo que piorou sensivelmente com a crise sanitária. Nesse ínterim, a China perdeu seu lugar como país mais populoso do mundo, seguindo as determinações do Partido Comunista Chinês para o controle dos nascimentos.
Na prática, em 2021 - ano que marcou o auge de lockdowns e medidas restritivas para o controle da covid-19 - a taxa de fecundidade humana despencou para 2,3 (nascimentos por mulher). Em 2017, este índice era de 2,5. Embora a taxa considerada segura seja de 2,2 (segundo dados da ONU), o rápido decréscimo acendeu um alerta para o futuro.
Caso a tendência de queda prossiga na próxima década, fica a questão: com menos jovens no mercado de trabalho quem irá garantir a segurança dos mais velhos no futuro?
Brasil acompanha o fluxo
O alarme para a queda de natalidade nos países com economia desenvolvida também se aplica ao Brasil. Dados não faltam para comprovar a tendência.
Realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma apuração recente revelou que a população abaixo dos 30 anos no Brasil diminuiu 5,4% entre 2012 e 2021.
O resultado é espelhado no espectro oposto da população. Nesse mesmo período, o IBGE comprovou alta de 11,3% para 14,7% da população com mais de 60 anos.
Em suma, o envelhecimento da população - e a falta de mão de obra ativa - deve exigir em breve uma nova reforma previdenciária.
Embora se encontre na eterna categoria de “país do futuro”, o Brasil parece ter absorvido com perfeição as políticas que desaconselham os casais a terem mais filhos. Pior: assim como na França, partidos políticos e ONGs seguem os passos do primeiro mundo em apoio à interrupção da gestação - o que prova ser trágico para uma sociedade erguida com princípios cristãos e que mira um crescimento sustentável.
Enquanto isso, no hemisfério norte, as duas maiores potências não contribuem nem um pouco para reverter a situação.
Em 2022, foram registraram 9 milhões de nascimentos na China - 16% a menos que o projetado pelas Nações Unidas (que, a propósito, pouco influenciam os ditames no país asiático).
Nos EUA, onde a própria entidade é sediada, na cidade de Nova York, o déficit também foi ratificado - embora menor: 3,6 milhões de nascimentos - ou 4% a menos que a estimativa da ONU.
Se ainda houver necessidade de comprovação estatística, os dados estão ao alcance de qualquer pesquisador, profissional ou amador. Em 2019, por exemplo, a taxa média de natalidade global foi de 18,5 nascimentos por cada 1.000 pessoas - número que ficou abaixo dos relatórios de 2007 e 2012.
E se a situação média global aparenta ser preocupante, o cenário ainda é mais sombrio no Japão, onde a população acima dos 80 anos cresce exponencialmente.
Conforme o Instituto Nacional de População japonês, o prognóstico demográfico para a Terra do Sol Nascente é grave. Se os cálculos se confirmarem, o país terá 100 milhões de habitantes em 2056 - 26 milhões a menos do que em 2022.
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