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Rússia cobra revogação de decreto ucraniano para viabilizar negociações de paz

Kremlin exige que Ucrânia retire proibição legal de diálogo com Putin para avançar em tratativas sobre o conflito



O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta terça-feira (222) que a Ucrânia precisa anular seu próprio decreto que impede negociações diretas com o presidente russo Vladimir Putin, caso deseje avançar em qualquer possibilidade de diálogo bilateral para a resolução do conflito em curso. A exigência representa uma resposta direta à recente sinalização do presidente russo sobre a disposição de discutir um cessar temporário nos ataques contra infraestruturas civis.


Na segunda-feira, Putin declarou estar pronto para dialogar com Kiev sobre uma possível suspensão unilateral de ataques a alvos não militares, em meio à proposta semelhante feita por Volodymyr Zelensky, que sugeriu publicamente um acordo mútuo para evitar bombardeios de longo alcance contra estruturas civis.


Apesar disso, segundo Peskov, a própria legislação ucraniana é hoje o maior impedimento para qualquer avanço diplomático. Desde outubro de 2022, um decreto assinado por Zelensky proíbe formalmente a realização de qualquer conversa com a liderança russa enquanto Putin estiver no poder. O presidente ucraniano tem reafirmado publicamente sua desconfiança absoluta em relação ao Kremlin e sua repulsa pessoal por Putin.


“O lado ucraniano precisa tomar medidas legais para remover esses obstáculos, se houver de fato disposição para o diálogo”, afirmou Peskov a jornalistas. “Temos hoje uma situação de fato e de direito em que os próprios ucranianos proibiram esse tipo de contato — e nada foi feito para revogar essa proibição”, acrescentou, em entrevista ao jornalista russo Pavel Zarubin.


O porta-voz também destacou que a fala de Putin representa “mais uma demonstração da disposição de Moscou” para buscar soluções diplomáticas. Ainda assim, ele sugeriu que a recente abertura de Kiev quanto à trégua pascal se deu mais por pressões externas do que por vontade genuína. Segundo o presidente russo, a aceitação ucraniana teria ocorrido após sugestão de "prováveis curadores estrangeiros", preocupados com a repercussão negativa da recusa.


Com a guerra caminhando para seu terceiro ano, cresce o impasse diplomático em torno de soluções que envolvam concessões de ambos os lados. Enquanto Moscou exige reconhecimento territorial e garantias contra a expansão da OTAN, Kiev insiste em recuperar seus territórios e manter a postura intransigente diante do governo russo — mesmo diante de sinais contraditórios quanto à disposição real de negociar.

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