Rússia acusa EUA de roubo no caso do avião do ditador Nicolás Maduro
- Núcleo de Notícias
- 4 de set. de 2024
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Aeronave presidencial venezuelana foi apreendida na República Dominicana e levada para a Flórida
A Rússia expressou duras críticas nesta terça-feira (3) em resposta à apreensão do avião oficial do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pelos Estados Unidos. Moscou exigiu a devolução imediata do que chamou de "roubo" perpetrado contra o Estado venezuelano.
"Somos solidários com os nossos amigos bolivarianos em suas legítimas exigências de devolução do que foi roubado do Estado venezuelano", declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado oficial, sublinhando que as sanções impostas por Washington atingiram um novo patamar de agressividade.
A chancelaria russa também denunciou o que considerou ser um "desrespeito flagrante" às normas do direito internacional, ressaltando que a apreensão do avião é um exemplo do que chamou de política predatória dos EUA, que demonstrariam estar dispostos a assumir a propriedade soberana de outros países sem qualquer justificativa legal.
O incidente ocorreu na segunda-feira, quando a aeronave presidencial de Maduro foi apreendida na República Dominicana e transferida para a Flórida. A ação foi realizada sob a justificativa das sanções impostas pelos Estados Unidos a Caracas, com a alegação de que o avião teria sido "comprado ilegalmente" por 13 milhões de dólares (cerca de R$ 73 milhões).
O procurador-geral dos EUA, Merrick B. Garland, explicou que, entre o final de 2022 e o início de 2023, indivíduos ligados ao regime de Maduro teriam utilizado uma empresa de fachada, sediada no Caribe, para ocultar seu envolvimento na compra ilegal da aeronave de uma companhia localizada no Distrito Sul da Flórida.
O episódio intensificou as tensões entre a Rússia e os EUA, com Moscou reiterando seu apoio à ditadura venezuelana e condenando o que chamou de "abusos" por parte de Washington.
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