Para o estrategista-chefe do Rumo Econômico, Carlos Dias, a redução favorecerá a produção, desde que o governo siga metas fiscais rígidas
Pela terceira vez seguida em um curto intervalo, o Banco Central da Argentina decidiu reduzir a taxa referencial de juros da economia de 60% para 50% ao ano. Em breve comunicado, a entidade explicou que medida levou em conta a estabilização das metas fiscais e a redução da inflação.
"O corte de juros se fundamenta no rápido ajuste de expectativas de inflação, na estabilização da âncora fiscal, e no impacto monetário de contração derivado da estacionalidade nos pagamentos externos do Tesouro do trimestre em curso”, escreveu o BC argentino.
“A decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros de referência é parte de uma estratégia mais ampla para enfrentar os desafios econômicos do país”, destaca o estrategista-chefe do Rumo Econômico, Carlos Dias.
“A redução visa estimular a atividade econômica, promovendo o consumo e o investimento. Isso é particularmente crucial num contexto de alta inflação e recessão, onde medidas para impulsionar o crescimento são necessárias e urgentes”, analisa
“O corte dos juros tem o potencial de beneficiar diversos setores. Os consumidores podem ter custos mais baixos de empréstimos, para adquirir bens duráveis e serviços. Além disso, as empresas podem encontrar condições mais favoráveis para investir em expansão e modernização”, complementa Carlos Dias.
“No entanto, é importante reconhecer que a redução dos juros não resolve os problemas econômicos de longo prazo da Argentina, ou de qualquer outro país”, pondera.
“Para garantir essa recuperação, é essencial a aplicação de políticas complementares. Além da política monetária, o governo argentino deve adotar medidas fiscais, o que envolve o controle do déficit fiscal. Reformas estruturais também são imprescindíveis para promover a concorrência e favorecer o ambiente de negócios”, complementa.
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