Sem redução da taxa básica dos empréstimos de cinco anos, mercado chinês mostra insatisfação
Com a redução de 10 pontos-base na taxa básica de empréstimos de um ano realizada pelo Banco Popular da China (PBOC) na última segunda-feira (21), e a ausência de corte na taxa básica de cinco anos que serve diretamente como taxa de referência para hipotecas, os investidores ficaram igualmente surpresos e insatisfeitos com a ausência de medidas mais enfáticas no combate à crise imobiliária que ganha cada vez mais força e deteriora aos poucos a economia chinesa.
A redução de pelo menos 15 pontos base na taxa de cinco anos era amplamente esperada, e a decepção fortaleceu ainda mais a repulsa do mercado às ações da China que acumula 17 meses de quedas consecutivas do setor imobiliário, a quarta maior atividade econômica do país.
Os preços dos novos imóveis caíram em julho pela primeira vez no ano, tendo em vista que as medidas governamentais foram consideradas como insuficientes para sustentar o setor em apuros. Segundo informações da Reuters, para os economistas chineses a última rodada de cortes nos juros foi abaixo do esperado, e mesmo que tivesse correspondido às expectativas, teria sido insuficiente para realizar um grande impacto.
Ainda na visão dos analistas, a perspectiva é de que nos próximos meses o PBOC deva adotar contes maiores e mais abrangentes nas taxas em prol de resgatar a demanda por crédito.
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