Reprovação ao governo Lula pelo mercado atinge 90%
- Núcleo de Notícias
- 4 de dez. de 2024
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Pesquisa aponta desconfiança no pacote fiscal e expectativas econômicas pessimistas

Uma nova pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4) revelou um salto na reprovação do governo Lula entre representantes do mercado financeiro. A avaliação negativa da gestão petista atingiu 90%, um aumento significativo em comparação aos 64% registrados em março deste ano.
O levantamento também mostrou uma queda na avaliação positiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que recuou de 50% para 41%. Já a avaliação negativa do ministro subiu de 12% para 24%, refletindo o impacto do pacote fiscal apresentado recentemente. Segundo a pesquisa, 42% dos entrevistados consideram a credibilidade das medidas “baixa” e 58%, “nenhuma”.
Políticas econômicas na direção errada
A insatisfação com a política econômica brasileira também cresceu. Para 96% dos entrevistados, o Brasil está seguindo na direção errada nesse campo, um aumento expressivo em relação aos 71% de março. A expectativa para a economia nacional despencou, com 88% prevendo um cenário negativo, ante 32% no início do ano.
Em relação à política monetária, 66% dos entrevistados esperam que o Copom eleve a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual na reunião de dezembro. Para 34%, a taxa Selic pode ultrapassar 14% ao final do ciclo de ajuste.
Cenário político para 2026
Além das questões econômicas, a pesquisa abordou as expectativas para a eleição presidencial de 2026. Apenas 34% acreditam que Lula será o favorito, uma queda em comparação aos 53% de março.
Nos cenários simulados para um eventual segundo turno, Lula e Haddad foram derrotados em todas as projeções contra possíveis candidatos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é apontado por 78% dos entrevistados como o nome mais forte da direita caso Bolsonaro permaneça inelegível.
Pesquisa e metodologia
O levantamento foi realizado entre 29 de novembro e 3 de dezembro, com 105 representantes do mercado financeiro, incluindo gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de fundos de investimento sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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