Além de ACRIPARA e Sindrural, mais de 150 entidades do setor produtivo pedem que o novo sistema de impostos não piore a saúde do agro
Crédito: Agência Brasil
Em novo manifesto sobre os efeitos nocivos que a reforma tributária pode causar ao setor produtivo, a Associação de Criadores do Pará (Acripara) emitiu um alerta sobre fatores que, supostamente, não foram ainda analisados com profundidade pelos parlamentares. O apelo foi compartilhado por mais 150 representantes do agronegócio.
Em documento divulgado em conjunto com o Sindicato dos Produtores Rurais de Cacoal, Rondônia, as entidades rurais destacaram uma série de fatores externos que precisam ser levados em consideração no trâmite da reforma, atualmente em fase de discussão no Senado Federal, para que a economia - em especial, a agropecuária - não seja ainda mais afetada.
O ponto inicial da análise é a economia dos Estados Unidos, que tem demonstrado fortes sinais de que poderá entrar em recessão em 2024. A recente queda na demanda pelo consumo de petróleo e os dados sobre contratações no mercado de trabalho reforçam a importância do comunicado conjunto.
“O Brasil, em que pese sua condição de 10ª economia mundial, está bem distante de ter defesas de capacidade de proteção de suas reservas internacionais, além da frágil condição fiscal notoriamente exibida, que pressiona o nível de endividamento público, inflação e juros”, pondera as organizações.
Na "Nota de Alerta" as entidades ainda discorrem sobre a possibilidade real de o Brasil ser afetado pelo rescaldo da crise imobiliária chinesa e da guerra entre Rússia e Ucrânia, que já afeta a Europa há mais de um ano e meio.
Reforma administrativa "urgente"
Somando todos esses fatores, as entidades clamam por medidas adicionais a serem tomadas pelos senadores que trabalham no relatório final de uma reforma tributária que pouco parece considerar as prováveis - e drásticas - consequências, tanto para o setor produtivo como para o consumidor final.
“Com essas preocupações, apontamos para a real necessidade de se incluir na reforma tributária em curso, a incorporação do exame conjunto e paralelo da reforma administrativa, sem a qual os setores produtivos do país serão altamente penalizados por cargas tributárias extorsivas e, por consequência, haverá inibição dos investimentos e do crescimento econômico”, completa
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