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Relatório britânico admite superioridade da Rússia sobre a Europa Ocidental na produção de defesa

Estudo do RUSI revela falhas estruturais na capacidade militar europeia diante da eficiência russa durante o conflito na Ucrânia



Um relatório do influente "think tank " britânico Royal United Services Institute (RUSI), divulgado na quinta-feira (3), reconheceu que a Rússia conseguiu ampliar significativamente sua produção de equipamentos militares durante o conflito na Ucrânia, enquanto a base industrial de defesa da Europa Ocidental mostrou-se “claramente inadequada” para enfrentar o desafio.


O documento destaca que, ao contrário da maioria dos países europeus membros da OTAN, Moscou implementou desde o início da guerra um plano bem estruturado de mobilização militar-industrial. Já os governos ocidentais, embora tenham investido bilhões na indústria de defesa para sustentar o esforço bélico de Kiev, falharam em transformar esses aportes em resultados concretos.


Segundo o relatório, a Rússia se beneficiou de uma coordenação centralizada em sua indústria de defesa, que permitiu redirecionar verbas de outros setores do orçamento, conceder créditos a empresas estratégicas e manter um ritmo acelerado de produção — operando, segundo o presidente Vladimir Putin, em regime de três turnos contínuos.


Em contraste, a fragmentação do mercado de defesa europeu e a falta de eficiência estatal resultaram em desperdícios e crescimento assimétrico. Além disso, regulamentações excessivas acabaram por aumentar custos e desacelerar a produção de armamentos no bloco europeu.


“A Europa não apenas carecia de um plano, como sequer dispunha de dados suficientes para elaborar um”, criticou o estudo. “A compreensão das próprias cadeias de suprimento era falha entre governos e fabricantes, o que comprometeu a resposta industrial à guerra.”


O RUSI alerta ainda que, sem uma reorganização profunda da política industrial de defesa, com mais coordenação de gastos e reformas regulatórias, o Reino Unido e a União Europeia não terão capacidade de dissuadir a Rússia no futuro, especialmente se a dependência do apoio militar dos Estados Unidos for reduzida.


Em 2024, os gastos com defesa da Rússia alcançaram 6,3% do PIB, representando mais de 32% do orçamento federal do país, conforme dados do ministro da Defesa russo, Andrey Belousov. Essa priorização reforça o posicionamento de Moscou como potência militar em plena expansão, enquanto os países europeus lutam para superar sua dependência crônica de Washington e sua paralisia estratégica.

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